quinta-feira, 31 de maio de 2012

Dois cachorrinhos apaixonados e um verdadeiro amigo.


Por: Renata Buono

Renata Buono
Li neste blog a linda história da “Gatinha fujona”, contada pela Isabel. Fiquei muito emocionada com o relato dela, eu também protejo animais e faço disso minha vida, sei o quanto é difícil fazer esse trabalho voluntário. Enquanto lia a história da Isabel lembrei do Wolf e da Cindy, dois cachorrinhos apaixonados. 
Wolf entrou na minha vida, faz uns 6 anos, um cachorro grande e muito lindo.

Foi resgatado pelo meu filho Alfredo, ele estava na rua, abandonado e muito machucado, mal conseguia erguer a cabeça. Wolf foi levado a um veterinário que disse que ele nunca mais ria andar. Acabei adotando o Wolf e comecei um tratamento especial. Carinho, atenção, amor e os remédios indicados pelo veterinário.
Apesar do tamanho, ele era um doce comigo e mesmo com muita dor, ele nunca perdeu a calma e jamais rosnou.
Com o tratamento ele não só voltou a andar como corria e brincava pela casa toda.
Percebi que ele estava grato pela melhora, pois começou a me proteger e a casa também. Muito valente e esperto, não deixava estranhos chegarem perto.
A Cindy minha cachorrinha se apaixonou por ele, foi amor a primeira vista de ambas as partes, os dois estavam sempre juntos, tipo unha e carne.
Quando me mudei para a casa da praia, ele era quem protegia a casa e a mim.
A Cindy, sempre do seu lado uma verdadeira companheira, eles dois se amavam muito.
Novamente me mudei, desta vez para uma chácara. A Cindy e o Wolf adoraram, os dois ganharam a casa do caseiro para morar.
No começo da semana, descobri que o Wolf estava com dificuldades para se levantar, dei os remédios que a veterinária pediu. Dias depois ele nem se levantava mais, fomos novamente ao veterinário e ele foi medicado. Eu passava varias vezes ao dia para ver como ele estava, colocava um lençol por baixo dele e o fazia andar para fazer exercícios.
Ele teve uma melhora, começou a querer se levantar, quando me via chegando com o lençol ficava todo animado. Toda noite ele ficava dentro de casa e saia para fora na hora de dormir.
Nesta madrugada acordei com um choro estranho. Percebi que era ele, fui até lá e ele estava deitado e nem estava se mexendo.
Passei a noite toda com ele, a Cindy ficava deitada ao lado dele e não se mexia.
De manhã, minha amiga Elaine veio me ajudar a levá-lo novamente  ao veterinário, chegando o médico pediu um ultra-som.
A Cindy foi junto, é claro. Eu então, os deixei lá na clinica veterinária, assim ele não se sentiria abandonado num ambiente estranho e ele estaria ao lado da sua companheira.
Fui pra casa, tomei banho e fui para o meu trabalho na Feira de Adoção.
Quando foi por volta da 12h, recebi a ligação do veterinário me informando que ele tinha parado de respirar. Que tristeza, que perda, que vazio, meu grande amigo tinha partido e eu nem estava por perto.
No mesmo instante pensei na Cindy, ela não ficava sozinha nunca.
Foi muito difícil para ela, escalava o canil para procurar o Wolf quando ele não estava mais lá.
Não se dava com as outras cadelas, e começou a ficar nervosa.
Pensei, pensei e resolvi que poderia adotar um cachorrinho macho, para fazer companhia a ela.
Tinha que ser um cão que não tinha muitas chances de ser adotado, de mais idade e que precisava muito de um lar. Pensei em muitos animais, mas veio na minha cabeça um nome.
O Amigo! É claro, ele que já tinha sofrido tanto, tinha sido salvo por mim quando foi acidentado. Adotei o Amigo para fazer companhia para a Cindy.
Hoje ele está aqui na chácara, com a Cindy e está se acostumando. Ela continua triste, mas gostou de ter companhia, ele é muito carinhoso, educado e muito alegre. Do jeito que a Cindy gosta.
De uma situação muito triste, tive a oportunidade de dar um lar para um sobrevivente, o Amigo.
Agora no meu canil, temos 2 sobreviventes especiais, a Cindy e o Amigo.
E sei que o Wolf vai ficar olhando lá do céu a sua grande companheira.


Nota do editor:

A Renata Buono é uma corajosa protetora de animais. Esta história de amor entre dois cachorrinhos, não precisava ter um final feliz como em novelas. Na verdade a história nos mostra que todos os animais tem sentimento. Amam e precisam de ser amados, ser profundamente amado por um animal, seja qual for nos dá força. Amar um animal profundamente nos dá coragem. Como no caso da Renata.
Parabéns! Renata, continue com seu maravilhoso trabalho de amor aos animais.
O blog "Os Güelos" agradece seu post.

Quem quiser ajudar a Renata na sua tarefa entre em contato:



2 comentários:

  1. Oi Renata! Linda a história, obrigada por compartilhar ela!

    Tenho certeza que os animais não aparecem por acaso em nossas vidas, e a Cindy, o Wolf e o Amigo são especiais, principalmente por ter você!

    Grande abraço e um beijo nas crianças!

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